Paralelo 38

Paralelo 38 (38th Paralell) is a reference to the geographic location of the Azores. 38th Paralell North runs through the middle of the Archipelago, between the islands of S. Miguel and Pico.

Azorean music is a direct result of our geographic location in the middle of the Atlantic Ocean and of all of the influences that we received through the centuries.

In the album Paralelo 38 Rafael Carvalho seeks to show some of the musical influences that were brought to the Azores.
Continuing the work from his previous album Origens (in english Origins or Roots), besides recording traditional themes, the musician introduces once again original themes and new sounds, bringing the Viola to present times.

Songs like “Noite dos Corsários” or “Lundum” take us to the past, on board of the ships that sailed our seas, while songs like “Amanhecer” or “Caminhada” show the fusions that have been made in the present.
“Saudade” is a Portuguese word that can’t be translated. It represents the feeling of missing something, someone and/or somewhere.

Other songs like “Fado da Noite” or “Na Bruma” also relate to this feeling.

This feeling is very familiar to the Azorean people and we can find it represented in the two hearts of the Viola da Terra: a heart that stayed and a heart that left, linked by an umbilical cord (the strongest connection that exists) and ending on a tear – the tear of Saudade.

The importance of the Viola da Terra transcends the ability of its performer. It represents part of the cultural identity of the Azorean people.

Paralelo 38
O nome deste disco é uma referência à localização do Arquipélago dos Açores. O Paralelo 38 Norte é a linha geográfica que atravessa os Açores entre as ilhas de São Miguel e do Pico.

A música que cantamos, balhamos e tocamos é um resultado directo desta nossa localização geográfica, no meio do Oceano, e das influências que recebemos ao longo de séculos de insularidade. Foi partindo desta ideia que Rafael Carvalho idealizou o disco Paralelo 38, dando a conhecer influências musicais que chegaram aos Açores, registando temas do repertório da Viola da Terra e apresentando novas sonoridades.

O “Lundum” e a “Noite dos Corsários” remetem-nos para séculos passados, a bordo das naus ou caravelas que percorreram os nossos Oceanos, trazendo outros ritmos e outras sonoridades aos Açores.
Os temas “Fado Menor”, “Fado Corrido” e “Balho da Povoação” resultam de variações que aprendeu a partir de registos existentes e de pesquisas que desenvolveu e são aqui apresentados com arranjos da sua autoria.

A “Sapateia” e “Chamarrita Zaragateira” foram escolhidas pela sua particularidade de ter de se afinar a última parcela da viola (Lá) um tom abaixo (Sol), de modo a manter o bordão como “nota de apoio” ao longo das peças. Esta alteração era usada pelos tocadores, pontualmente, quando executavam temas em Sol.

A “Saudade” será talvez o tema que melhor traduz a nossa insularidade e o sentimento de nostalgia a ela inerente. Aqui é acompanhada, neste mesmo sentimento, pelo “Fado da Noite” e pelo tema original “Na Bruma”.

Paralelo 38 despede-se com novos rumos no horizonte, sabendo que, na maior parte das vezes, o prazer da viagem não está no destino, mas na própria “Caminhada”.